Antes de começar a falar sobre os livros maravilhosos desse escritor tão querido e que está super em alta depois do sucesso que foi a adaptação cinematógráfica de um dos seus livros, preciso contar um pouquinho sobre ele. John Green é um ser humano tão fantástico que fica impossível não comentar sobre sua vida.
Ás vésperas de completar trinta e sete anos (nesse mês, mais especificamente dia 24/08 – um dia antes do meu bday yaaay!), ele já escreveu essas seis estórias que irei relatar com o maior carinho nas próximas linhas.
O que o torna tão especial é que, ao ler seus livros, a gente acaba se identificando com algum personagem e juro que você se sente dentro das páginas. Legal é que se conhecer um pouquinho da vida dele acaba percebendo que os contos incluem algumas das suas próprias experiencias. Fiz uma maratona e pude perceber semelhanças em todos os livros. Sou mega suspeita para falar desse artista, mas espero inspirá-los a conhecer os seus trabalhos incriveis.
Quero dedicar esse post para a Talita. (Sim! Talita Paniago do Cadê Meu Batom?) Ela precisa mesmo chorar lendo A Culpa É Das Estrelas (ACEDE)
O post acabou saindo maior do que eu imaginava, por isso resolvi dividir em dois. Espero que fiquem ansiosos pela segunda parte!
Quem é você, Alasca?
Ela me ensinou tudo o que eu sabia sobre lagostins, beijos, vinho tinto e poesia. Ela me mudou.
Meu livro favorito vai virar filme! Gritos!
Quem é você, Alasca? É um livro cheio de significado pra mim. Acho que as vezes eu incorporo a doce e misteriosa Alasca Young. Li, me apaixonei ainda mais porque foi o primeiro livro que li em inglês.
Como sairemos deste labirinto de sofrimento? A.Y.
Miles “Gordo” Halter (o apelido Gordo é uma ironia, ele é magricela) é um garoto boa praça fissurado por célebres ultimas palavras. Ele lê biografias para descobrir o que pessoas importantes disseram antes de morrer e é em uma dessas biografias que ele encontra as do poeta François Rabelais:
‘Saio em busca de um Grande Talvez.’
Por isso ele vai para a escola Culver Creek, onde conhece o Coronel que vira o seu melhor amigo e é um cara que leva muito a sério esse negócio de honra e lealdade. O nome do Coronel na verdade é Chip e eu gosto do jeito humilde dele. Miles conhece também Takumi e a turma de Guerreiros de Dia de Semana (os riquinhos da escola). Mas é quando vê Alasca que ele enlouquece.
Mesmo no escuro, eu podia ver seus olhos – ferozes esmeraldas. Ela tinha olhos do tipo que nos levam a apoiar todas as suas decisões.
Curiosidade: Green se inspirou no local onde que ele próprio estudou para escrever sobre a Culver Creek, escola da estória.
Alasca, nas palavras do próprio Green é inteligente, espirituosa, problemática e extremamente sensual. Eu gosto tanto dela!
Cruzes! Não posso ser uma dessas pessoas que ficam sentadas falando que pretendem fazer isso e aquilo. Eu vou fazer e pronto. Imaginar o futuro é uma espécie de nostalgia.
O livro é dividido em duas partes: o antes e o depois (e eu não posso explicar sem dar um spoiler gigantesco – então deixa pra lá). O fato é que se você ler esse livro (e eu indico fortemente que o faça) vai se lembrar da sua época de escola e sonhar que gostaria de ter amigos como os personagens.
Não sabia se podia confiar nela e já estava cansado de sua imprevisibilidade – fria num dia dia, meiga no outro.
O engraçado é que Looking for Alaska foi publicado em 2005, mas só entrou em evidência no Brasil em 2012, depois do lançamento de ACEDE. O livro terá sua adaptação para o cinema em 2016.
Eu sempre amaria Alasca Young. Minha vizinha pervertida, com todo o meu pervertido coração.
Eu encontrei esse canal super fofo que interpretou o trecho mais famoso de Looking for Alaska.
Trecho do vídeo traduzido:
De centenas de quilômetros por hora ao repouso em um nanossegundo. Eu queria tanto me deitar ao lado dela, envolve-la em meus braços e adormecer. Não queria transar como nos filmes. Nem mesmo fazer amor. Só queria dormir com ela, no sentido mais inocente da palavra. Mas eu não tinha coragem. Ela tinha namorado. Eu era um palerma. Ela era apaixonante. Eu era irremediavelmente sem graça. Ela era infinitamente fascinante. Então voltei para o meu quarto e desabei no beliche de baixo, pensando que, se as pessoas fossem chuva, eu era garoa e ela, um furacão.
Teorema Katherine
É possível amar muito alguém. Mas o tamanho do seu amor por uma pessoa nunca vai ser páreo para o tamanho da saudade que você vai sentir dela.
O livro mais odiado menos adorado do John Green é na verdade um dos meus favoritos. Se você curte notas de rodapé, matemática e anagramas, vai amar. Eu não sou fã de matemática (adivinha qual o motivo para eu ter escolhido Letras?) Comecei lendo com preguiça, com certo preconceito e acabou por se tornar o meu terceiro favorito do Green J.
Qual o sentido de estar vivo se você nem ao menos tenta fazer algo extraordinário?
No livro, conhecemos o jovem prodígio Colin que está atrás do seu momento Eureka! depois de ter tomado um pé da bunda da sua décima nona Katherine; as pessoas que estão ao seu lado são, seu melhor amigo, o árabe e engraçadíssimo Hassan e a doce e esperta caipirinha Lindsey Lee Wells.
Quando se trata de garotas (e, no caso de Colin, quase sempre se tratava), todo mundo tem seu tipo. O de Colin Singleton não é físico, mas linguístico: ele gosta de Katherines. E não de Katies, nem Kats, nem Kitties, nem Cathys, nem Rynns, nem Trinas, nem Kays, nem Kates, nem – Deus o livre – Catherines. K-A-T-H-E-R-I-N-E.
Antes de começar ler, eu achava que o Colin era um maluco que só namorava Katherines por pura frescura, mas logo no inicio descobri que eram coincidências. Então, ele está triste com o término e Hassan sugere uma viagem para esfriar a cabeça. Assim eles acabam parando na pacata cidade Gutshot onde conhecem a Lindsey. Durante uma trilha Colin sofre um acidente e bate a cabeça e é assim que nossa estória começa. Surge aí a criação do chamado Teorema Katherine que pode ajudar a determinar a curva dos terminados e terminantes e outras cositas mas…
Ele começa trabalhar em Gutshot junto com Hassan, para a mãe de Lindsey, enquanto cria o Teorema.
Colin gostava daquela sensação de amplitude e espaço infinito de Gutshot.
Ri demais com esse livro. Sério, cheguei a gargalhar em locais públicos. Me identifiquei bastante com o sotaque caipira da Lindsey e com as pessoas de Gutshot. Ela apesar de caipira, é muito esperta e namora o cara mais bonito da cidade. Eu gostei dela e muitas vezes me identifiquei com sua solidão.
É só que eu aprendi um tempo atrás que a melhor forma de fazer as pessoas gostarem de ocê é não gostar muito delas.
O que me fez gostar mais foi que, quando comecei a ler, achei que o final fosse previsível. Depois de alguns capítulos tudo mudou e voltou a ficar previsível novamente para só no final me surpreender. Esse friozinho na barriga + as gargalhadas proporcionadas me fizeram guardar esse livro no coração.
Ao fim do livro temos a nota do autor e o apêndice que recomento fortemente, embora não seja de leitura necessária. É onde descobrimos como de fato o Teorema funciona e de onde surgiu a inspiração para esse livro tão fantástico.
John Green finaliza o livro agradecendo da seguinte forma:
10. As Katherines. Eu gostaria de poder nomear todas elas, mas (a) me falta espaço e (b) tenho medo de processos por difamação.
E por último, minha frase favorita:
Os livros são o melhor exemplo de terminados: Deixe-os e eles o esperarão para sempre; dê—lhes atenção e sempre retribuirão seu amor.
Deixe a Neve Cair (Sim, o meu globo de neve é das princesas!)
Esse, na verdade, não é só do Green. São três contos e o dele é o segundo, intitulado O Milagre da Torcida de Natal. O livro no geral é muito gostoso, o conto que ele escreveu não foi o meu favorito, mas não deixou de me aquecer.
Tobin, JP e Duke são amigos que estão presos em casa por causa de uma nevasca, assistindo uma maratona do James Bond quando recebem a ligação de Keun – o amigo que trabalha na waffle house – avisando que o milagre de torcida de natal aconteceu: Líderes de torcida estão se aquecendo na lanchonete porque o trem em que elas estavam quebrou.
A missão é que os três amigos atravessem a cidade e tentem chegar na waffle house antes dos gêmeos e dos universitários com um twistter.
Me diverti muito com essa corrida maluca e como eles se focaram, mesmo que cada um estivesse indo por motivos totalmente diferentes: JP está indo pelas animadoras de torcidas, Duke (que é uma menina) está indo pelas deliciosas batatas rosti e Tobin está indo porque bem, precisa fazer companhia para os amigos. Eu adorei e tenho certeza de que você também irá se deliciar. Uma estória super fofinha. A única coisa que não gostei foi das folhas do livro serem brancas :/ mas tudo bem J.A segunda parte do post vem aí, com as outras três publicações desse autor tão incrível!
Qual dos livros até agora você já leu? E que qual gostou mais?