Halo | Revisitando franquias

Vamos para o momento mais especial da semana: aquele em que eu posso expelir minhas nerdices sem medo de julgamento. Sim, aqui é território seguro — pra você mesmo que também já pensou em tatuar o Master Chief comendo pizza de abacaxi, seja muito bem-vindo.

Quando comentei com a Lu a ideia dessa coluna de revisitar jogos marcantes, a intenção sempre foi começar por Halo — minha franquia favorita DA VIDA, meu primeiro amor em FPS e responsável por manter minha paixão por tudo relacionado a sci-fi. Mas aí veio o caos do Summer Game Fest, o hype absurdo em torno de Resident Evil, e acabei adiando esse momento e colocando meu xodó para depois.
Só que o “depois” chegou mais cedo do que eu imaginava. E confesso: nem tenho roupa pra isso.

Então, bora embarcar comigo nessa jornada?
(Pequeno adendo importante: a lore de Halo é GIGANTE. Sério. Inclui jogos, séries, livros, quadrinhos, sinal de fumaça, talvez até runas antigas. Para manter todo mundo vivo até o fim deste post, vou focar só nos meus pontos preferidos da história e recomendar alguns jogos, beleza?)

Minha história com Halo

Halo pode até não ter sido o primeiro jogo que eu coloquei as mãos, mas foi nele que entendi — de verdade — o que era ser gamer  (late bloomer, i guess). Foi também a minha porta de entrada para um novo tipo de vício: o de entender lore, discutir teoria em fórum e perder horas mergulhada num universo que parecia não ter fim. Foi ali que descobri que jogar vai muito além de apertar botão — é se deixar levar pela narrativa, construir teorias malucas com os amigos e querer saber o que aconteceu mil anos antes do jogo começar.

Mas o momento em que tudo mudou, mesmo, foi quando ouvi a trilha sonora. Porque, convenhamos, não existe ateu quando começa a tocar o coral de Halo. A soundtrack, composta pelos magos Martin O’Donnell e Michael Salvatori, é de arrepiar até o osso. É transcendental, quase litúrgica. De verdade: recomendo fortemente que você coloque “Ghosts of Reach” pra tocar agora mesmo enquanto lê esse texto — vai por mim.

Na minha humilde (porém corretíssima) opinião, Halo tem uma das melhores trilhas sonoras já feitas nos videogames. Ela não só embala a gameplay, mas eleva tudo a outro nível. É o tipo de música que te prepara para a guerra — mesmo que a sua maior batalha do dia tenha sido lavar a louça no frio.

Quem me conhece, sabe: Alien está no meu top 4 do Letterboxd e é uma das minhas franquias de filmes favoritas da vida. Então, se você juntar soldados futuristas, criaturas bizarras, DAR TIRO EM ALIEN, atmosfera espacial claustrofóbica e aquela tensão de “vai dar ruim”, já dá pra entender que eu estava fadada a me apaixonar por Halo. O casamento era inevitável.

Imagem: Reprodução/Steam

Caixista de nascimento (e com muito orgulho), meu primeiro contato com a franquia foi com Halo: Reach (2010), lá em 2013, no bom e velho Xbox 360. E olha, até hoje ele ocupa o posto de queridinho no meu coração. Aquela introdução, o design das armaduras, a dinâmica da equipe Noble, o clima de tragédia iminente… tudo ali clicou. Eu ainda não sabia, mas aquele jogo seria o início de um mergulho sem volta. Foi com o Xbox One (ou como gosto de chamar, “o gordinho”), que continuei acompanhando o resto dos jogos, jogando os antigos e me aprofundando nesse universo. 

Sobre a Franquia

Halo nasceu pelas mãos da desenvolvedora Bungie e foi lançado originalmente em 2001, com o lendário Halo: Combat Evolved. A publicadora foi ninguém menos que a Microsoft Game Studios — o que fazia sentido, já que o jogo foi lançado como título de estreia do primeiro Xbox. Sim, a Microsoft literalmente usou o Halo como vitrine para mostrar do que seu console era capaz. E deu muito certo.

Imagem: Reprodução| Xbox

O sucesso de Halo não só consolidou a Bungie como um dos maiores nomes do FPS, como também estabeleceu o Xbox como plataforma competitiva frente ao reinado da Sony com o PlayStation 2.
(Infelizmente, a colunista que vos escreve aqui é de 1999, então com 2 aninhos de idade não esteve presente durante essa era de ouro, mas continuamos porque não há idade que limite o conhecimento adquirido)

Bungie X 343 Industries aka Halo Studios

Hoje, Halo está nas mãos da 343 Industries — ou, desde 2024, oficialmente chamada de Halo Studios. A mudança veio depois que a Bungie, responsável pelos cinco primeiros jogos da franquia (Halo: Combat Evolved, Halo 2, Halo 3, ODST e Reach), decidiu bater asas, virar independente e sair da gaiola da Microsoft.

E olha… pra muita gente, ainda é difícil superar a “era Bungie”. O estúdio soube cravar uma identidade muito própria na franquia — com tiroteios dinâmicos, movimentação precisa e um feeling de FPS que virou referência. Não é exagero dizer que o jeito de atirar e se mover em Halo moldou um gênero inteiro.

Mas como a galinha dos ovos de ouro não podia ficar largada (QUEREMOS ANÚNCIOS), a Microsoft não dormiu no ponto e criou a 343 para manter o universo de Halo vivo — e lucrativo. Desde então, os jogos têm dividido opiniões: entre os que acham que a franquia continua forte e os que ainda estão presos no passado glorioso da Bungie.

Créditos: Divulgação/Xbox Game Studios

Sobre a trama de HALO (preciso de um post só pra isso)

Antes de mais nada: ajeita a postura, pega teu caderno de anotações ou, no mínimo, uma boa xícara de café — porque a história de Halo não é só longa, é absurdamente rica e cheia de camadas (que obviamente não abordaremos nesse post, precisamos manter o decoro). Os aliens de Halo não querem que você ‘busque conhecimento’ como nosso parceiro e saudoso ET Bilu, os malditos querem apagar todos da existência, pois se acham os verdadeiros escolhidos do universo. Uma seita galáctica com armamento pesado e zero paciência para a humanidade. 

A trama gira em torno do super soldado spartan conhecido como Master Chief (John-117) e sua parceira de inteligência artificial, a icônica Cortana. Juntos, eles enfrentam uma série de ameaças:  Covenant (uma aliança alienígena teocrática, bem seita mesmo), os terríveis Flood (uma raça parasita que infesta tudo que pensa) e os mistérios deixados pelos Precursores e Forerunners, civilizações antigas com tecnologia avançadíssima.

Por mais que o começo tenha aquele jeitão de sci-fi espacial militar (tipo, “vamos atirar em aliens e salvar a Terra”), Halo se aprofunda em temas pesados e filosóficos: guerra, sacrifício, fé, obediência cega, identidade e o eterno peso de ser o último recurso da humanidade. E tudo isso acompanhado de uma trilha sonora ABSURDA — porque, né, tiro em alienígena fica ainda melhor quando começa a tocar “One Final Effort” (Halo 3) no fundo.

Top 3 Jogos da Franquia Halo (e uma menção honrosa, porque sim)

🥇 Top 1: Halo Reach (2010)

Meu primeiro contato com a franquia, o início de tudo pra mim. Halo: Reach tem, na minha opinião, a melhor campanha de toda a série — e não é pouca coisa dizer isso. É o último suspiro da Bungie na franquia, um verdadeiro presente de despedida que serviu como porta de entrada para a nerdice de muita gente (inclusive eu). Em Reach, a guerra ganha outra perspectiva: não é só sobre dar tiro em alienígena safado (o que é muito bom), mas sobre como a destruição atinge quem está ao redor. A narrativa te coloca diante do desespero de lutar sabendo que, mesmo vencendo batalhas, a guerra já levou tudo de mais precioso.

 Cristalzinho da Bungie <3

🥈 Top 2: Halo: Combat Evolved (2001)

Um clássico absoluto, nada supera um Aliens vs. Seres humanos. O começo da lenda. Joguei depois de Reach e ainda assim me impactou. A ambientação, a tensão do primeiro contato com os Flood, e claro… o momento em que você percebe que o universo é gigantesco. Não posso esquecer das alegorias bíblicas, agradeço muito ter jogado esse jogo quando eu já sabia interpretar as entrelinhas. 

🥉 Top 3: Halo 2 (2004)

Halo 2 é sinônimo de evolução. Tudo melhora: gráficos, gameplay, narrativa. E introduzir o Arbiter foi um dos maiores acertos da franquia, apesar de algumas pessoas  (com mal gosto) não terem aceitado muito a ideia. Me fez olhar pro outro lado da guerra, e entender que nem tudo é preto no branco. E a OST? Meu Deus. “Breaking Benjamin” tocando e eu querendo invadir a capital do Covenant, High Charity aka Holy City, a cidade dos aliens birutas.

🎖️ Menção Honrosa: Halo 3 (2007)

O fim da trilogia original precisava ser épico — e foi. Final de chorar no banho. Jogar no co-op foi uma das experiências mais marcantes da minha vida, só quem viveu sabe. É aquele tipo de jogo que termina, mas nunca sai de você. Teve um dos melhores designs de toda franquia e mesmo um jogo de 2007, ainda espanca muito triple AAA do ano. 

Créditos: Microsoft

O futuro da franquia (aqui é a hora que o filho chora e a mãe não vê)

Desde o lançamento de Halo Infinite em 2021, a comunidade tem vivido uma verdadeira montanha-russa emocional. O jogo prometia ser o grande retorno às origens e, em muitos aspectos, conseguiu — especialmente na ambientação mais aberta, nas mecânicas refinadas de combate e no resgate da aura de mistério do universo Halo. Mas também tropeçou em outros pontos: falta de conteúdo no lançamento, multiplayer apesar de bom, com altos e baixos e uma campanha que, embora emocionante, teve um design de missões meio fraco e conta com muita história de fora da lore já conhecida (como no 4 e 5). A gente entende a 343 querer dar uma cara nova para o universo, mas o legado e o peso da Bungie continua sendo muito forte, o que dificultou um pouco a conexão com o novo jogo. 

Mesmo com as críticas, Infinite estabeleceu uma base sólida — e é em cima dela que os fãs esperam que a franquia caminhe. Com a mudança de nome da 343 para Halo Studios, muita gente especula que vem um novo título por aí. Nada confirmado oficialmente até agora, mas os boatos são quentes: seria um novo capítulo com foco narrativo mais profundo, novos personagens e, quem sabe, a volta de figuras icônicas da série.

E vamos ser sinceros: depois de Infinite, a franquia precisa se provar de novo. Não adianta só nostalgia e trilha épica — queremos uma campanha de peso, um multiplayer mais consistente e, se possível, menos enrolação entre anúncios e lançamentos.

HALO WORLD CHAMPIONSHIP 2025

📍 Data: 24 a 26 de outubro
📍 Local: Seattle, EUA

Se você é fã da franquia ou simplesmente adora eSports de verdade, anota no calendário: entre os dias 24 e 26 de outubro acontece o Halo World Championship 2025, o campeonato oficial de Halo Infinite que reúne os melhores times do planeta em uma disputa de tirar o fôlego.

Por que vale a pena ficar de olho?
Porque esse é o ápice da competitividade em Halo. O evento não é só uma vitrine do que há de mais técnico e estratégico no FPS da Halo Studios, mas também uma celebração da comunidade que faz Halo ser o que é — viva, apaixonada e competitiva pra caramba. É uma das competições com prêmio absurdo de 1 MILHÃO DE DÓLARES, sim isso mesmo que você leu! Jogar jogo de tirinho intergaláctico pode dar muito dinheiro.

Considerações Finais

Se tem uma franquia que moldou minha vida como jogadora e que até hoje ocupa um espaço nobre no meu coração gamer, essa franquia é Halo. É o tipo de jogo que me fez querer entender tudo — da lore aos spin-offs, da OST aos bastidores da produção. E sinceramente? Ainda quero tatuar algo da série (provavelmente uma das minhas armas favoritas, o Needle Rifle – vocês achariam muito ‘hétero’? kkkkkkk).

Mesmo com uma lore que parece escrita pelos roteiristas de Os Simpsons de tão extensa e cheia de reviravoltas… eu PRECISO de mais. Sempre! Que venham mais jogos, mais livros, mais animações, mais tudo. Inclusive, o Halo World Championship 2025 promete ser um evento inesquecível em Seattle neste outubro — e mesmo que eu não jogue profissionalmente, estarei de olho torcendo e surtando como se fosse final de Copa.

Agora, quero saber de vocês:
– Qual o jogo de Halo favorito de vocês?
– Estariam interessados em um post exclusivo só pra destrinchar esse universo absurdo com calma, separando jogos, livros, animações, séries, teorias, tretas e curiosidades? 

Me contem aí nos comentários — tô sempre pronta pra falar mais sobre Halo!

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Respostas de 4

  1. Halo não é meu departamento mas seu texto é fenomenal
    Falar sobre algo com conhecimento é sempre muito satisfatório. Deu até vontade de testar a franquia!

    1. Obrigadaaa, mesmo!! Fico feliz de falar sobre algo que eu gosto muito e ver a resposta de vocês! Pode testar e depois me conta se valeu a pena ou não. Já pode entrar no clima com a soundtrack kkkkkkk

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