GGCON 2025: descobertas, encontros e momentos únicos em Natal

Nos dias 9 e 10 de agosto, o Centro de Convenções de Natal virou praticamente a casa da galera gamer, geek e apaixonada por cultura pop. A GGCON 2025 reuniu pessoas de vários cantos do Nordeste (e até de outras regiões do Brasil) em um lugar que misturava competição, nostalgia, criatividade e muita energia boa.

E, olha, mais do que a estrutura enorme e os números que impressionam, o que me conquistou mesmo foi como o evento conseguiu ser grandioso, mas ainda assim acolhedor.

Palco, encontros e histórias inspiradoras

Outro ponto alto: o Meet&Greet gratuito. Sério, em tempos em que muita gente cobra caro por isso, ter essa interação aberta foi um respiro e um diferencial gigante.

Um dos meus momentos favoritos foi ver de perto alguns ícones da dublagem: Manolo Reis, Guilherme Briggs e Úrsula Bezerra. E aqui vai um destaque especial pra Úrsula, que mesmo passando por um momento delicado de saúde, esteve lá, com carinho, respeito e um bate-papo que deixou todo mundo emocionado. Depois, ainda recebeu fãs para fotos.

Inclusão e acessibilidade

A equipe da Alport Libras merece aplausos! Eles garantiram tradução simultânea para pessoas surdas em várias atividades, além de divulgarem cursos e informações sobre seu trabalho.

Mas, como autista, preciso comentar: senti falta de mais opções de acessibilidade para neurodivergentes. Vi várias pessoas usando cordões que identificavam TEA e outras deficiências ocultas, mas, fora a fila preferencial no Meet&Greet, não havia recursos adicionais. Deixo aqui a sugestão para próximas edições: uma sala sensorial, empréstimo de abafadores, óculos com filtro e fidget toys, como já acontece em outros grandes eventos.

Experiências que marcaram

A GGCON foi muito além dos estandes e competições. Teve de tudo um pouco:

• Museu Potiguar do Videogame, consoles históricos e raros, e a maioria você podia jogar (sim, com TV de tubo e tudo!);
• Competições de E-sports, narradas pelo também streamer pessoense Pelezinho, com direito à divertida Copa Jegue;
• Área de jogos indie, cheia de criações regionais e originais;
• Concurso de cosplay, onde os competidores deram tudo de si representando figuras icônicas da cultura pop;
• Palco de talentos, para quem queria cantar ou se apresentar;
• Palco literário, autores regionais compartilhando suas histórias e inspirações;
• Vôlei Sentado, modalidade inclusiva e ideal para eventos indoor, que eu confesso nunca ter visto ao vivo;
• Desafio do botão, valendo ingressos pra GGCON 2026;
• Swordplay, pra testar reflexos e habilidades de combate (seguro, tá?);
• Vídeo 360º gratuito, aquele famoso de festa de casamento, mas liberado pra todo mundo;
• K-Stage (Palco K-Pop), sempre cheio de energia, com apresentações e espaço livre pros fãs arrasarem na dança.

Arte e cultura pop

O Beco dos Artistas foi, pra mim, um dos corações do evento. Tinha ilustradores independentes, artistas renomados e uma infinidade de estilos que dava vontade de levar tudo pra casa (e sim, algumas artes já estão na minha coleção!).

A área de colecionáveis também foi um paraíso à parte: de Star Wars a Dragon Ball e Cavaleiros do Zodíaco, impossível sair de mãos vazias.

Mais que um evento, uma celebração

A GGCON não foi só sobre ver competições ou visitar estandes. Foi sobre viver de perto a força da cultura geek e gamer no Nordeste. Um espaço onde a gente pode ser quem é, encontrar pessoas que compartilham as mesmas paixões e sair de lá cheio de inspiração.

Voltei pra casa já fazendo contagem regressiva pra próxima edição. A GGCON é mais do que um evento, é um encontro de comunidade, diversidade e amor por tudo que nos conecta.